Octávio Joaquim Coelho Machado, outrora o cão de caça do
F.C.Porto, não dormia para garantir o sono de outros. Nos dias de hoje e depois
de tanta procura, encontrou o bode respiratório, sim, respiratório. Foi vê-lo a
arfar no sorteio da “champes” e com um discurso tão, uhm, tão...coiso, o homem
do “vocês sabem do que eu estou a falar” está
ainda mais evasivo e já deve pensar “nem
eu sei do que estou a falar”.

Mas o que eu mais gosto neste pequeno homem do trator é a
sua capacidade de chamar a si a responsabilidade de grandes feitos. Foi graças
a este menino que o Futre foi quem foi (tirando a parte dos problemas de falta
de levantamento que o Paulinho agora sofre), foi graças a um raspanete que deu
ao Juary na véspera de Viena que o brasileiro marcou na final, entre outros
devaneios da mente.
Dono de uma verdade absoluta, questiona tudo e todos, ameaça
pôr a boca no trombone (mas se alguma vez o fez foi no do Juary), se o
deixarmos falar ainda vamos descobrir que foi graças a ele que o Messi deixou
ter problemas de crescimento.
Uma coisa não lhe podemos tirar, foi graças ao Octávio que a
carreira do Mourinho despontou, não fosse o menino ter feito a bela merd@ que
fez como treinador do F.C. Porto e as coisas se calhar teriam sido um pouco
diferentes. A única coisa onde ainda teve algum mérito tem um sabor amargo e
ainda lhe deve tirar o sono.
Agora voltou ao futebol, como aquele rei que nos falavam na
escola, que usava collants e desapareceu nos braços de um qualquer marroquino
mais viril numa manhã de nevoeiro. Voltou e em grande, Director de Futebol, o
Manager, encostou o Inácio para Relações Internacionais, mas quem vai aos
sorteios da UEFA é ele, não há cá pão para malucos, o Augusto gasta muito e
ainda queria ir de avião.
Abunda a fanfarronice para os lados do Lumiar e pagava para
assisitir a uma reunião entre os meninos fortes dos viscondes, entre a espuma da
boca do Bruninho, as hipérboles do mestre da táctica e o barulho da botija de
oxigénio do bombeiro de Palmela.
Ele que é a pessoa mais ressabiada do futebol, acaba por ter
algo em comum com Péle, como diria Romário, “calado é um poeta”.
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