Futebol ainda não morreu

O Futebol ainda não morreu...

Ontem ao minuto 12 foi feito um tributo ao pequeno jovem Owen McVeigh que morreu de leucemia com apenas 11 anos.

Numa carta endereçada pelo pai a agradecer o gesto, o mesmo explica que desde os 5 anos que o filho o acompanhava ao estádio. Vivia o ambiente e os valores do clube, e que as melhores recordações que guarda do menino, são as que passaram juntos no futebol.

Nos dias de hoje, muitos amigos meus dizem que o futebol morreu, que já não existe a magia do número 10 e que o futebol como conhecíamos, já não existe! Só se move por dinheiro... e por vezes sou obrigado a dar-lhes razão!

Mas depois acontecem estas coisas... e aí encho o peito de novo e digo a alto e bom som, o futebol não morreu!

Não morreu e para lá não vai caminhar se nós não deixarmos! Está nas nossa mãos não deixar morrer um desporto e uma maneira de estar que tanta alegria nos dá.

Os senhores do dinheiro, podem passar os clubes a SAD, podem comprar clubes como quem compra uma casa. Podem negociar jogadores e fazer negociatas em prol dos euros, mas nunca vão poder comprar o futebol!

Para quem me conhece, sabe que não tenho filhos, mas se tiver a habilidade para os fazer, é isto que idealizo!

Levar os miúdos ao estádio, passar com eles no museu e explicar a nossa historia e os nossos valores e depois esperar... esperar que lhes desperte o amor, que é o nosso, o futebol!

Que gostem de sair mais cedo de casa, para se encontrarem com os amigos antes do jogo para uma cerveja, ir à roulote comer uma bifana e sentir o ambiente antes de uma partida de futebol e esperar que passados uns anos este mesmo amor seja passado aos que hão-de vir!

Porque a ganhar ou a perder, futebol sempre!!!

Daniel Santos