segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Octávio o Duend(t)e

Octávio Joaquim Coelho Machado, outrora o cão de caça do F.C.Porto, não dormia para garantir o sono de outros. Nos dias de hoje e depois de tanta procura, encontrou o bode respiratório, sim, respiratório. Foi vê-lo a arfar no sorteio da “champes” e com um discurso tão, uhm, tão...coiso, o homem do “vocês sabem do que eu estou a falar” está ainda mais evasivo e já deve pensar “nem eu sei do que estou a falar”.
O palmelense (que chegou a ter dois bonecos no Contra-Informação, o Octávio Malvado e o Bóbi) foi toda a vida um operário do futebol, alguém a quem se dava uma tarefa e ele cumpria. Mas o anos passavam e ninguém lhe dava uma albarda nova e o menino foi começando a levantar as de trás mais e mais vezes, chamando a si um protagonismo bacoco e populista que a nossa praça adora, muito mais quando o alvo é malta de cá de cima.
Mas o que eu mais gosto neste pequeno homem do trator é a sua capacidade de chamar a si a responsabilidade de grandes feitos. Foi graças a este menino que o Futre foi quem foi (tirando a parte dos problemas de falta de levantamento que o Paulinho agora sofre), foi graças a um raspanete que deu ao Juary na véspera de Viena que o brasileiro marcou na final, entre outros devaneios da mente.
Dono de uma verdade absoluta, questiona tudo e todos, ameaça pôr a boca no trombone (mas se alguma vez o fez foi no do Juary), se o deixarmos falar ainda vamos descobrir que foi graças a ele que o Messi deixou ter problemas de crescimento.
Uma coisa não lhe podemos tirar, foi graças ao Octávio que a carreira do Mourinho despontou, não fosse o menino ter feito a bela merd@ que fez como treinador do F.C. Porto e as coisas se calhar teriam sido um pouco diferentes. A única coisa onde ainda teve algum mérito tem um sabor amargo e ainda lhe deve tirar o sono.
Agora voltou ao futebol, como aquele rei que nos falavam na escola, que usava collants e desapareceu nos braços de um qualquer marroquino mais viril numa manhã de nevoeiro. Voltou e em grande, Director de Futebol, o Manager, encostou o Inácio para Relações Internacionais, mas quem vai aos sorteios da UEFA é ele, não há cá pão para malucos, o Augusto gasta muito e ainda queria ir de avião.
Abunda a fanfarronice para os lados do Lumiar e pagava para assisitir a uma reunião entre os meninos fortes dos viscondes, entre a espuma da boca do Bruninho, as hipérboles do mestre da táctica e o barulho da botija de oxigénio do bombeiro de Palmela.
Ele que é a pessoa mais ressabiada do futebol, acaba por ter algo em comum com Péle, como diria Romário, “calado é um poeta”.


 Octávio não, não sabemos do que estás a falar!


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